quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Crer em Deus ou ser religioso?

A História é escrita pelos vencedores! (George Orwell)
Sendo assim, o que é a verdade? Quais informações recebemos que realmente aconteceram? em que devemos crer? Na única verdade: Em Deus! mas qual? Aí é algo que fica a seu critério, pois não importa o nome pelo qual o chamamos... Alá, Tupã, Javé, Jeová, Ciência, Odin, Zeus, Brahma ou porque não por um nome de Deusa como Gaia, Cibele, Selena, Ishtar, Ceridween, Freya... afinal de contas o termo Deus deveria ser indefinido pois pelo menos, em minha concepção, é a força que governa o Universo, não uma personificação presa aos gêneros humanos de masculino ou feminino.Na bíblia cristã, encontramos diversas denominações para esse ser superior, mas nenhuma delas me agrada tanto quanto a que encontra-se no livro do Êxodo, cap. III, vers. XIV: "Deus disse à Moisés: "Eu sou aquele que sou". E continuou: "Você falará assim aos filhos de Israel: "EU SOU me enviou até vocês."Deus com este ato nos diz claramente que o nome não importa, mas sim o respeito demonstrado à ele. Ao mesmo tempo surge a pergunta: "Eu sou o que?" Tudo, nada, início, fim... Deus é o equilíbrio que mantêm cada coisa em seu lugar por ser o "fiel da balança" tudo que existe existe seu igual e oposto, menos ele que seria o ponto de equilíbrio da existência universal. Este é o famoso verbo que se fez carne e habitou entre nós: o verbo SER, já que ele é aquele que é.Mas espere aí: Nós não fomos feitos à imagem e semelhança de Deus? Não foi o próprio Cristo quem disse aos judeus: "Por acaso não é na lei de vocês que está escrito: "Eu disse: Vocês são Deuses!" Isso se encaixa em outro nome bem curioso descrito no livro sagrado das religiões monoteístas que juntas mais são difundidas, ELOHIM, que em Hebraico significa: Os elevados, ou seja, um nome plural para deus. Seria isto que este nome tenta nos fazer compreendermos? Que Deus seria a união de nossa consciência como um todo? Outro ponto de vista pode ser apresentado baseando-se no "nome coletivo" seria lembrando que são citados 72 nomes para Deus, assim como a cabala também mostra 72 anjos de Deus. Deus então seria uma união de 72 "divindades" formando uma força superior? Ou seria realmente apenas um formado por 72 características ou faces diferentes? Mas as duas afirmações não podem ser duas perspectivas diferentes da mesma verdade? Vamos usar como exemplo um homem que trabalhou durante sua vida em vários empregos. se pegarmos alguém que acompanhou sua trajetória de vida, saberá reconhecê-lo como uma pessoa que desempenhou  essas várias funções, mas se for alguém que o conheceu em seus empregos, o conhecerá como padeiro, jardineiro, eletricista, feirante... Podemos nós então julgar qual o ponto de vista correto? A resposta é não, mas o que fazemos é exatamente o contrário. Ao invés de buscarmos a verdade passamos a tentar impor o que pensamos ser a verdade ao outro. E quantas guerras foram declaradas em "nome de Deus" a outros povos por adorarem a outro ou outros deuses sem ao menos pensar na possibilidade de ser o mesmo Deus apenas com uma denominação diferente ou de serem outras faces do mesmo Deus. Shakespeare disse uma célebre frase que pode ser muito bem empregada nessa questão: "O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem."O que será que importa mais para Deus: o nome pelo qual o chamamos ou o respeito demonstrado a ele e sua criatura?Todos devem estar se perguntando: o que o sub-título que dei ao texto tem a ver com ele? A religião dominante é a que consegue difundir sua própria concepção de Deus, que no ocidente é o cristianismo com suas várias vertentes e sub-divisões. A partir da adoção da religião cristã como a oficial do império que daria origem ao ocidente, o cristianismo absorveu datas comemorativas e festividades pagãs como se fossem suas próprias comemorações para assim conseguir novos adeptos. Sendo assim, modificou sua própria história ocultando, alterando ou criando fatos.O que estou tentando chamar a atenção é que devemos crer em uma, ou em várias dependendo da crença que preferir, força superior mas sem se importar com a denominação dada a ela, mas que além disso devemos respeitar as diferentes denominações utilizadas por outros povos, pois "Aquele que é" existe antes de serem criadas palavras para denominá-lo.Se Deus é formado por várias divindades que formam essa força superior ou um ser que possui diversas faces, é o mistério da fé de cada um, pois "todos os caminhos levam à Roma" e é uma escolha individual, que deve ser respeitada.
                             byBinho Berriel

O problema da "Educação", Parte II

A Falta de Educadores

Sim, estamos com uma grande falta de educadores em nosso país. Mas não, não estou hoje entrando na discussão sobre a falta ou não de professores nas redes públicas e privadas de ensino que obrigam à estes profissionais lecionarem em salas de aula superlotadas e sim me referindo à falta dos verdadeiros educadores: os PAIS. Enquanto as instruções que recebemos na escola nos formam profissionalmente, a educação que recebemos em casa, de nossa família, é o que nos forma como seres humanos, ou seja, nosso caráter.
Analisando a questão por um ponto de vista ideológico e filosófico, a ascensão da máquina capitalista na sociedade ocidental (sim, porque embora existam países orientais com uma extrema vocação capitalista, no oriente ainda se presa a honra e o caráter muito além da visão ocidental) fez com que aos poucos fosse acontecendo uma supervalorização da formação profissional em detrimento da formação humana.
É inadmissível que visemos somente o lucro material destes atos e nos esqueçamos de todo o prejuízo que ela vai causando lentamente à mesma sociedade, pois é esta formação humana que nos faz valorizar o caráter, a honra, a dignidade entre outras qualidades que nos faz respeitar o próximo e suas propriedades.
Logicamente havendo mais respeito à vida alheia, o número de crimes como assaltos, furtos, assassinatos e estupros cairia na mesma proporção, o que geraria o verdadeiro lucro para a grande massa da população mundial, pois cairiam os custos com segurança, saúde tanto do povo quanto do estado, o que poderia diminuir a taxa de impostos e ainda melhorar o bem estar do povo, pois o dinheiro que não precisaria investir na segurança na prevenção de crimes e na saúde para curar os feridos destes mesmos episódios, poderia se investir em infra-estrutura, saneamento e na própria formação de profissionais qualificados.
Mas é este exatamente o grande problema para que isso aconteça. A partir destes acontecimentos, atingiria-se em cheio os lucros das grandes corporações que monopolizam os setores de armamentos, segurança e farmacêutico que lucra com a venda de medicamentos.
A partir do momento que os pais educarem seus filhos, mas não só com palavras ou palmadas como fazem hoje em dia e sim com os exemplos que nossos antepassados nos criavam, mostrando que devemos trabalhar para conseguir o que é nosso, mas não conseguir passando por cima de regras ou conseguindo de meios escusos, é que podemos começar a pensar em reverter esta situação caótica em que nos encontramos hoje, já que a educação utilizamos na população como um todo, enquanto nossa formação apenas em nossos empregos.
Mas onde estão estes educadores? Em seus empregos, subvertendo valores de qualidades e transmitindo à seus filhos enquanto os mesmos são educados por uma mídia que torna-se cúmplice ma máfia do capitalismo consumista que busca tão somente ampliar seu domínio global a qualquer custo.
Antes de acusarmos a polícia e aos políticos de serem corruptos, devemos refletir que para que alguém seja corrompido, alguém tem que corromper e a causa disso é o defasamento das condições morais em favor dos bens materiais determinando assim a ruptura entre a sociedade e o que de fato pode ser chamada de EDUCAÇÃO.

                     By
Binho Berriel

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O problema da "Educação"

Pensemos numa máquina com defeito: Essa máquina é um trem em movimento carregando uma carga valiosíssima com vários ladrões em volta esperando uma brecha para entrar e roubar o trem. o problema é que não dá para consertá-lo em movimento e se não consertá-lo ele consequentemente irá parar em algum momento devido ao defeito, então por que não pará-lo e efetuar os reparos? A resposta é que os maquinistas se revezam no comando do trem e nenhum quer assumir para si a responsabilidade de pará-lo e consertar pois além de ser demorado e provavelmente os reparos só forem concretizados com o maquinista seguinte, sendo assim não receberia "os louros" de ter efetuado os reparos, também nenhum deles quer correr o risco de pará-lo e ser assaltado enquanto o trem estiver sobre sua responsabilidade.

Essa analogia pode ser utilizada falando do governo de um país corrupto que sabe que um dia acabará descarrilhando se não for reparado, mas mesmo quem não é corrupto não quer tentar consertá-lo por isso. A diferença entre um país e essa analogia é que além da carga existem passageiros que somos nós e que poderíamos obrigar o maquinista que estivesse a frente da máquina a parar e efetuar o conserto, então porque não o fazemos? Aí entra o grande problema da educação: a educação que recebemos nas escolas nos ensina a obedecer e não a PENSAR. A partir do momento que começamos a pensar, somos considerados um perigo para a sociedade organizada, então como quem está no comando faz para evitar este problema para ele? Faz com que desde pequenos sigamos apenas o que nos impõe. Assim como para prender um elefante utilizam sua memória contra ele mesmo (basta prendê-lo quando filhote a uma árvore que por mais que ele lute não se soltará e quando ficar adulto se lembrará que não consegue se soltar e nem tenta, mesmo com a força que ele tem sendo mais que suficiente a lembrança de quando era filhote fica gravada a tal ponto em sua memória que ele nem tenta se soltar), usam desde nossa infância as escolas, pois se não cumprimos as exigências de nossos professores, não passamos de série mesmo que saibamos, temos que dar a resposta que o professor quer. Achava que seria diferente a faculdade, mas é exatamente a mesma coisa e nem a tão clamada Filosofia, por criar grandes pensadores desde a antiguidade hoje em dia escapa disso, pois se você pensar diferente do que ensina o professor, você ganha um zero. Isso mesmo que seu raciocínio seja lógico, mas mesmo que não seja, a definição de filósofo não é pensador? No dicionário Larrouse de língua portuguesa encontramos a seguinte definição para filosofia:
do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria» 1. Atividade intelectual que se propõe a refletir sobre os seres, as causas e os valores, considerados em seus valores mais gerais. 2. Conjunto de estudos e reflexões desta atividade. 3.Sistema particular de um Filósofo. 4. Sabedoria proveniente da experiência. 5. Conjunto dos princípios que regem uma conduta.
Assim sendo a partir do momento se utiliza do raciocínio e da reflexão para responder uma questão proposta, ele já deveria receber uma boa avaliação, estando ou não de acordo com seu professor.
Mas antes de sairmos em marcha contra os professores, com paus, foices e pedras querendo matá-los nas fogueiras (embora já tive professores que quis e muito fazer isso) devemos lembrar que também eles receberam essa formação, que são avaliados da mesma maneira e que o material didático que recebem impõe a eles que avaliem da mesma forma. E além do material didático, como em todas as profissões existe um conselho que rege as atitudes de cada um e que dificilmente aceita uma reformulação da tradicional forma de ensino, transformando o professor num simples " mais um tijolo do muro", ou como mostrado no vídeo uma simples marionete controlada por quem está no poder.
Tem duas músicas que me chamaram a atenção em que compositores de diferentes localidades se posicionam contra a educação da maneira que é usada. Em 1979 a banda inglesa Pink Floyd estoura nas rádios com "Another Brick in the Wall" composta pelo baixista Roger Waters que se posiciona contra o modelo de educação utilizada em seu país.
E em 1984 Raul Seixas lança "Metrô linha 743", faixa título de seu 12º disco em que mostra que durante a ditadura o pensamento ainda era  controlado pela força aqui no Brasil. 
 Porém, com a chegada da democracia, as forças políticas dominantes tiveram de modificar o modo de controlar a massa, recorrendo então ao modelo utilizado desde meados do século passado nas grandes potências mundiais, a educação básica, fazendo com que desde jovens a população fosse alienada pela educação fornecida e pelas grandes empresas de mídia, mas isso já é crítica para um próximo post... (se eu permanecer vivo após este, hehehe)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"Quem ama não desiste!"

Hoje li uma frase que me tocou: “Quem ama não desiste!” até um tempo atrás, concordaria sem pestanejar, mas hoje em dia vejo que não é bem assim. Tal qual uma criança desiste de um sonho, podemos sim desistir de quem amamos, não por sofrer por ele, pois sofremos ainda mais ao desistir de algo que nos traz o equilíbrio… Desistimos porque aprendemos a nos amar também e ver que precisamos de alguém que nos ame e valorize, desistimos porque vemos que lutar não levou a lugar nenhum e então decidimos pensar em um outro modo de conquistar, desistimos porque nada é eterno e como uma planta se não for regado, seca e no primeiro sinal de chuva volta a brotar, desistimos porque ao invés de agradar a quem amamos estamos magoando… Enfim, desistimos, mas isso não torna o amor menos verdadeiro do que alguém que insiste até conquistar e depois joga fora. Há também um último motivo para desistirmos e esse é o que torna o amor mais verdadeiro: saber que por mais que ame o outro, sua presença fere, magoa ou faz mal de algum modo. Essa abnegação ao amor é a forma mais pura de se amar, pois renuncia-se a própria felicidade em prol da felicidade do ser amado… Então há certas ocasiões em que desistimos exatamente porque AMAMOS!!!


Binho Berriel