quarta-feira, 6 de abril de 2011

O último ato de um suicida!

O último ato de um suicida não é o suicídio em si, mas uma preparação minuciosa de seu ato, não para que não seja descoberto ou que seja impossível de ser impedido, mas sim exatamente o oposto, deixando pistas para quem puder ver. Quem pensa em dar um fim a sua vida é porque não conseguiu dar-lhe um sentido e quando olha pra traz, não consegue enxergar a utilidade dela a longa preparação deste ato derradeiro é exatmente para que haja tempo de alguém vê-lo e conseguir salvá-lo dele mesmo, da vida que leva. Normalmente quem tem tendências suicidas é isolado não por que ele queira se isolar, mas por que não consegue ou não se sente capaz de se enturmar com os demais e acaba entrando em um preocupante quadro de depressão. Já ouvi muitas pessoas dizerem: "Ele quer só chamar a atenção, se quisesse se suicidar, já teria pulado"... e realmente é o que quer, aliás, precisa. Quer saber que é importante pra alguém, que sua vida tem algum sentido, que alguém o ama e sentiria sua falta... Mas muitos ao invés de encontrar o carinho que precisam para reestruturar-se, encontram só críticas que abalam ainda mais seu já debilitado equilíbrio emocional e isso funciona como a gota dágua para que ele se sinta um lixo e resolva de vez se entregar aos braços da morte. Também já ouvi muita gente dizer: "ah, ele tinha tudo, já vi gente com muito mais dificuldades que não fez isso", mas não tinha o principal, alguém ao seu lado que lembrasse que a vida é o dom mais precioso que se tem, que mesmo que ele não saiba, é muito importante pra alguém e as vezes nem precisa muito, um simples abraço resolve para dizer tudo isso. Só que quando você sente-se sozinho, mesmo em uma multidão, não há crença, fé ou religião que consiga mudar o fato que o ser humano é um ser social e que se alguém é isolado, a tendência é definhar até não restar nada...




Ass.: Binho Berriel

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