sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Brasil: País de Todos ou Terra de Ninguém?

     Bem, já escrevi sobre amor, religião, drogas... todos temas polêmicos mas algumas   pessoas me perguntam por que eu ainda não escrevi nada sobre política? Então, sempre acabo dando a mesma resposta: Porque no Brasil não existe política de versade e a grande população se preocupa mais em saber quando Carminha vai presa, qual o tema da próxima novela, se seu time será campeão, quando vai estrear o filme do cara que brilha e etc.
     Política sempre foi um assunto chato de se falar, pois no Brasil existem apenas partidos políticos e quem fala sobre este assunto não fala amplamente, mas somente sobre os planos de cada partido e defendendo o qual pertence ou simpatiza, tal qual defenderia o time de futebol para o qual torce. Sendo assim, estamos discutindo verdadeiramente a política de um país ou seria somente o ponto de vista de um fanático que insiste em dizer que "seu partido" é a tábua de salvação do país?
     Tudo bem que existam partidos que tenham ideais parecidos com os seus próprios, ou que você defenda o partido pelo qual é militante, mas não deveria ser o partido e sim o político que deveria ser a voz do povo. Quantas votações de projetos foram atrasados por vontade de partidis que defendem os próprios interesses e não os do povo que iria,m sair beneficiados com a aprovação ou rejeição de uma proposta? Quantas vezes a população não votou em uum candidati e acabou elegendo vários outros que não tiveram o voto popular? Fora os que são votados, eleitos e assumem outros cargos, fazendo com que seus suplentes, completamente desconhecidos assumam em seu lugar?
    É degradante a situação dos políticos brasileiros que deveriam representar o povo, mas apenas defendem seus próprios e obscuros interesses. Como eles legislam em causa própria a tanto tempo e ninguém discute sobre isso? Eles nunca farão uma lei que realmente os prejudiquem. Como eles podem votar o aumento dos próprios salário ou se manterem no cargo enquanto tentam se eleger e simplesmente não aparecem para as sessões que deveriam ser suas prioridades como representantes da população? Como o voto pode ser um direito se é obrigatório? Alguém te obriga a sacar o dinheiro do seguro de acidentes de trânsito, que poucos que sofrem sabem que possuem? Não, o voto não é um direito, ele é obrigatório por não ser nada mais que uma ferramenta utilizada por esse mar de esgoto que tornou-se a oolítica brasileira, para que pessoas que não se interessam nem tem conhecimento político mantenham os já conhecidos nomes no poder.
    Antigamente eu acreditava que o quarto poder era o verdadeiro representante das massas, que a imprensa mostrava os fatos independente do que fosse e a quem prejudicasse. Hoje vejo o quão inocente eu fui. A mídia manipula os fatos em benefício próprio tirando proveito das mentes inocentes que acreditam nela, alienando as pessoas fazendo com que a população preste mais atenção em novelas e jogos  e não dando a mínima para o que acontece ao seu redor.
    Temos a internet como uma fonte de informação valiosa, mas poucos a utilizam como deveriam. Muitos de nós continuam mantendo-se reféns por vontade própria dos grandes veículos de informação que se movimentam apenas para aumentar seu próprio império de base capitalista e para manterem-se no topo de um país em que o povo se acomoda, pois o pão pode faltar, mas o show, esse tem que continuar....

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Quem ama não trai!

       Ok, isso já está mais que enraizado na cabeça de todos os seres humanos de tanto ouvirmos e falarmos essa frase. Entretanto, quantas vezes paramos e refletimos a fundo sobre ela? Quantas vezes não a usamos apenas num momento de ira pra culpar a pessoa alvo dos nossos sentimentos ao invés de olharmos dentro de nós mesmos e pensarmos sobre essa "traição"?
       Primeiro, devemos definir o que é traição. Será que você consegue? Provavelmente se for homem dirá que o sexo com outro homem (mas não com outra mulher) ou até mesmo um beijo (no mesmo caso) considera como traição, mas será que pensou que sua parceira pode estar traindo amando outra pessoa sem nunca ter consumado isso com estes atos que você pensou? Este pensamento é intimamente ligado à preferência por mulheres virgens e também relacionada ao instinto masculino de preservação de sua prole. Sendo a mulher virgem, ou não tendo contato com outro homem, não há perigo de o filho que ele sustenta não ser dele. O caso da virgindade feminina vai ainda mais fundo, pois evita comparações com outros homens e ele mantêm seu orgulho intacto.
       O caso das mulheres é ainda mais complicado, pois o instinto feminino diz uma coisa e a sociedade atual diz outra. Então, sendo assim, vamos falar sobre os dois casos.
       A mulher moderna, independente, que é capaz de se sustentar, é resultado da sociedade ocidental atual, e por causa da equiparação dos direitos entre os gêneros passou a considerar como traição os mesmos casos do homem, mesmo não tendo o mesmo motivo natural, mas por ter os mesmos direitos, começou a usar os mesmos argumentos de traição, mesmo que a grande maioria acabe perdoando sua "traição" por achar que o amor é maior que isso (só que o verdadeiro motivo, como veremos a seguir, também é ligado ao instinto). Mas no oriente, onde as tradições são mais rígidas e permanecem com quase a mesma força de outras épocas, é quase inexistente este tipo de mulheres, pois ainda encontram-se submissas, seja por motivos religiosos, seja pelas diferenças culturais ou ainda pelas diferenças de trabalho e educação e assim sendo, a traição pra elas não se trata disso, mas sim de seu companheiro apaixonar-se por outra mulher.
      Explica-se: como a mulher dessa sociedade não se sustenta ou mantem a família e sim o marido que traz o alimento pra dentro de casa, ao apaixonar-se ele pode querer abandonar a família para manter o compromisso com a outra mulher, então esse é o perigo real para as mulheres que ainda não se adequaram a ela mesma produzir o próprio sustento. Porém, isso não acontece apenas no hemisfério oriental, mas também em muitas cidades do interior, onde a população é mais pobre e a oferta de emprego é majoritariamente masculina e em religiões onde a mulher deve submeter-se à vontade do homem.
       Isso não é apenas imposto hoje em dia dado a essas condições, mas é resultado de milhares de anos acontecendo isso: O homem saia pra caçar e deixava a mulher em segurança cuidando do lar e da criação dos filhos. Por mais que a sociedade venha se modificando, não se desfaz uma rotina de uma hora pra outra sem deixar nenhum resquício. O vício é forte não só pelos agentes químicos na mente das pessoas, mas também por causa da rotina que os seres humanos levam, então imagina uma rotina que perdurou até os anos 70 do século passado. Não se quebra um vínculo tão antigo de uma hora pra outra.
     Mas então, continuamos sem ter uma definição que ligue a traição ao amor? SIM. Em todos estes casos, o sentir-se traído é conectado ao sentimento de posse que temos em relação ao outro, pois a verdadeira traição é aquela que desrespeita o outro, mas acima de tudo, que desrespeita a você mesmo. Como um beijo pode ser considerado traição, se você é um ator(a) e tem que beijar em cena? Sexo é traição pra quem é um ator(a) pornô, pra quem faz swing, ou pra quem usa seu corpo pra conseguir o sustento de casa? Amar outro em segredo, sem consumar com atos? E em relacionamentos homossexuais, o que é considerado traição?
     Acho que a melhor maneira de resolver isso, é manter um diálogo aberto com seu(a) companheiro(a) sobre o que cada um considera traição, mas uma conversa sincera, mas principalmente sem sentirem-se donos um do outro. Pensem nisso, pois é de pensar que o mundo precisa, não de robôs que tomam atitudes automáticas.
     Parece que cada vez mais uma outra frase, essa cômica, ligada à traição deveria ser usada, porém com uma pequena modificação ao invés de botaram, deveria ser assim:

"CHIFRE É UMA COISA QUE VOCÊ MESMO BOTA NA SUA CABEÇA!!!"

Abaixo, segue um aparte retirado da página da wikipédia sobre traição:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Traição

Traição, como uma forma de decepção ou repúdio da prévia suposição, é o rompimento ou violação da presunção do contrato social (verdade ou daconfiança) que produz conflitos morais e psicológicos entre os relacionamentos individuais, entre organizações ou entre indivíduos e organizações. Geralmente a traição é o ato de suportar o grupo rival, ou, é uma ruptura completa da decisão anteriormente tomada ou das normas presumidas pelas outros.


Juridicamente

É tornar óbvio e evidente o que se queria ocultar, ser infiel ou descumprir com o compromisso assumido.

[editar]Lei Militar

Na lei militar, traição é o crime de deslealdade de um cidadão à sua pátria. Por exemplo, em tempos de guerra, uma pessoa que coopera ativamente com o inimigo (colaboracionismo), é considerado um traidor. Inclusive é a única sentença que prevê pena de morte no Brasil.

[editar]Popular

No dito popular, traição significa adultério.

[editar]Definição Psicologia

Segundo a psicoterapeuta Olga Inês Tessari, são vários os fatores que levam à traição: questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o (a) parceiro (a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo, ou mesmo de poder. "A ideia de posse existe em quase todas as relações estáveis e as cobranças de fidelidade são normais e aceitas pela sociedade."

[editar]Dicionário

Traição. (do lat. traditione, entrega)
  1. Ato ou efeito de trair (se).
  2. Crime de quem, perfidamente, entrega, denuncia ou vende alguém ou alguma coisa ao inimigo.
  3. Perfídia, deslealdade, aleivosia.
  4. Infidelidade no amor.


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mitologias Humanas: Criadores ou (e) Criaturas? Em que se baseia a sua fé?

Desde o início da humanidade, a busca pela compreensão da origem do universo e dos fenômenos naturais provoca em nossas mentes um turbilhão de pensamentos e quando não se chegava a uma resposta conclusiva, nascia uma divindade que regia aquele fenômeno.
Some a isso as diferentes povoações, nações e línguas existentes na época em que começamos a desenvolver a capacidade de refletir sobre esses acontecimentos e voilá, temos milhares de divindades criadas pelo poder da mente humana geração após geração.
Criamos deuses do trovão, dos mares, do Sol, da Lua, da música, da noite, dos mortos, das florestas, dos rios, das colheitas, da caça, das travessuras... deuses com formas humanas, animais ou híbridas. Uma infinidade de divindades pra cada povo, representando cada aspecto da vida e da natureza.
Através da evolução da mente humana, essa divindades tornam-se mais complexas, pois se antes não se envolviam com os seres humanos, com o passar do tempo não só tornam-se mais próximos como absorvem características do caráter humano, como: vingança, inveja, orgulho, medo...
Os deuses também absorvem características uns dos outros pelo contato e proximidade das culturas de outros povos. É interessante como os gregos tratam por exemplo a mitologia egípcia, bem mais antiga, explicando a sua própria maneira o porquê dos deuses egípcios terem formas híbridas. Para eles, os egípcios cultuavam os mesmos deuses, só que eles haviam adotado formas de animais  e foram pras terras do deserto para fugirem de um inimigo muito poderoso e que não conseguiram controlar, o monstro Tífon...
Mas esse não é o único caso em que uma mitologia se confunde a outra. O que você diria se soubesse que o rei dos deuses do Antigo Egito, Rá, na verdade era como se fosse 3 em 1, ou seja uma trindade? Sim, o deus-Sol egípcio tinha 3 aspectos: o Sol nascente, o Sol do meio-dia e o Sol poente. Quem sabe esse aspecto tríplice não tenha influenciado o Deus de um povo que foi escravo durante o governo dos faraós e que a religião daria origem a religião mais influente do planeta? Coincidência? Não seria a única então. Sim, embora não admitam, o cristianismo absorveu muitas características dos deuses pagãos. A primeira delas, já foi mostrada, mas as principais datas cristãs são de festividades pagãs. A páscoa judaica possui uma data fixa: o 15º dia do mês de Nizan. Já a páscoa cristã, que é a principal festividade, pois comemora a ressurreição de Cristo é comemorada através de um cálculo utilizado para a comemoração de uma festa pagã: Ela é sempre realizada no primeiro domingo, após a primeira lua cheia depois do início da Primavera no Hemisfério Norte (no caso, Outono no Hemisfério Sul). Já o Natal, nascimento de Cristo, que é a segunda data em importância do calendário cristão é comemorado em outra data de festividades pagãs, a festividade de "Sol Invictus" (olha o Sol aí de novo). O Cristianismo adotou essas datas para que os novos adeptos se familiarizassem com a nova religião do Império Romano, aliás, na época, cristianismo era o catolicismo pois não havia ainda as outras vertentes religiosas dos ensinamentos de Cristo. Mas mesmo com a revolta protestante, essas datas continuaram sendo as datas de comemoração "Cristãs". Uma teoria muito difundida é que Jesus também teria sido criado como uma união de histórias de mitologias mais antigas e pego emprestado da wikipédia essas histórias:

Supostas semelhanças entre as divindades pagãs com Jesus Cristo

De acordo com algumas fontes se referem a teoria da ressurreição no terceiro dia com um período de três dias em que o Sol se mantém no lugar mais baixo em 25 de dezembro e está no ponto mais alto (como se diz que Jesus esteve morto por três dias e então ressuscitou), mas de acordo com o relato bíblico Jesus morreu durante a Páscoa judaica. Afirmam que os deuses do Solmuito anteriores a Jesus como HorusÁtisKrishnaMitraDionísioBuda, todos eles, têm como elemento vital a sua crença na ressurreição no terceiro dia após as suas mortes, também tiveram discípulos que os acompanharam, faziam milagres e nasceram de uma Virgem Imaculada em 25 de dezembro. Segundo os defensores dessa Teoria, algumas destas lendas podem ter sofrido influência direta da história de Jesus, já que os cultos coexistiram com o cristianismo primitivo, mas certamente a imensa maioria surgiu milhares de anos antes do nascimento do mesmo. Entretanto, muitos acrescentam mais similaridades nos deuses antigos por conta própria para criar mais semelhanças.
  • Tamuz: deus da Suméria e Fenícia, morreu com uma chaga no flanco e, três dias depois, levantou-se do túmulo e o deixou vazio com a pedra que o fechava a um lado. Belém era o centro do culto a Tamuz.
  • Hórus - 3000 a.C.:
    • Deus egípcio do Céu, do Sol e da Lua;
    • Nasceu de Isis, de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
    • Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
    • Ressuscitou um homem de nome EL-AZAR-US;
    • Um de seus títulos é "Krst" ou "Karast";
    • Lutou durante 40 dias no deserto contra as tentações de Set (divindade comparada a Satã);
    • Batizado com água por Anup;
    • Representado por uma cruz;
    • A trindade Atom (o pai), Hórus (o filho) e  (comparado ao Espírito Santo).
  • Mitra - séc. I a.C.:
    • Originalmente um deus persa, mas foi adotado pelos romanos e convertido em deus Sol;
    • Intermediário entre Ormuzd (Deus-Pai) e o homem;
    • Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
    • Nasceu de forma milagrosa, sem envolvimento sexual;
    • Pastores vieram adorá-lo, com presentes como ouro e incenso;
    • Viria livrar o mundo do seu irmão maligno, Ariman;
    • Era considerado um professor e um grande mestre viajante;
    • Era identificado com o leão e o cordeiro;
    • Seu dia sagrado era domingo ("Sunday"), "Dia do Sol", centenas de anos antes de Cristo;
    • Tinha sua festa no período que se tornou mais tarde a Páscoa cristã;
    • Teve doze companheiros ou discípulos;
    • Executava milagres;
    • Foi enterrado em um túmulo e após três dias levantou-se outra vez;
    • Sua ressurreição era comemorada cada ano.
  • Átis (Frígia / Roma) - 1200 a.C.:
    • Nasceu dia 25 de dezembro;
    • Nasceu de uma virgem;
    • Foi crucificado, morreu e foi enterrado;
    • Ressuscitou no terceiro dia.
  • Buda - séc. V a.C.:
    • Sua missão de salvador do mundo foi profetizada quando ele ainda era um bebê;
    • Por volta dos 30 anos inicia sua vida espiritual;
    • Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal enquanto jejuava;
    • Caminhou sobre as águas (Anguttara Nikaya 3:60);
    • Ensinava por meio de parábolas, inclusive uma sobre um "filho pródigo";
    • A partir de um pão alimentou 500 discípulos, e ainda sobrou (Jataka);
    • Transfigurou-se em frente aos discípulos, com luz saindo de seu corpo;
    • Após sua morte, ressuscitou (apenas na tradição chinesa).
  • Baco / Dionísio - séc. II a.C.:
    • Deus grego-romano do vinho;
    • Nascido da virgem Sémele (que foi fecundada por Zeus);
    • Quando criança, quiseram matá-lo;
    • Fez milagres, como a transformação da água em vinho e a multiplicação dos peixes;
    • Após a morte, ressuscitou;
    • Era chamado de "Filho pródigo" de Zeus.
  • Hércules - séc. II a.C.:
    • Nascido da virgem Alcmena, que foi fecundada por Zeus;
    • Seu nascimento é comemorado em 25 de dezembro;
    • Foi impiedosamente tentado pelas forças do mal (Hera, a ciumenta esposa de Zeus);
    • A causadora de sua morte (sua esposa) se arrepende e se mata enforcada.
    • Estão presentes no momento de sua morte sua mãe e seu discípulo mais amado (Hylas);
    • Sua morte é acompanhada por um terremoto e um eclipse do Sol;
    • Após sua morte, ressuscitou, ascendendo aos céus.
  • Krishna - 3228 a.C.:
    • Trata-se de um avatar do Deus Vishnu – um avatar é como se fosse a personificação ou encarnação de um deus;
    • Nasceu no dia 25 de dezembro;
    • Nasceu de uma virgem, Devaki ("Divina");
    • Uma estrela avisou a sua chegada;
    • É a segunda pessoa da trindade;
    • Foi perseguido por um tirano que requisitou o massacre dos milhares dos infantes;
    • Fez milagres;
    • Em algumas tradições morreu em uma árvore;
    • Após morrer, ressuscitou.
Estas coincidências biográficas, segundo os defensores de "O Mito de Cristo", provam que os autores dos Evangelhos, ao escreverem as histórias de vida de Jesus, tomaram emprestados relatos e feitos de outros deuses antigos ou heróis.
Ok, mas se o homem criou os deuses para explicar os fenômenos naturais que não conseguira explicar até então, quem criou o homem? Quem criou a vida? Quem criou o universo? A mente científica diria que foi uma sucessão de eventos aleatórios que foi criando todas as coisas existentes. Uma explosão deu origem ao universo e toda a matéria existente nele. O engraçado é que hoje em dia, um ramo da mesma ciência que diz provar que Deus não existe, segue o caminho inverso e comprova o que livros de religiões e de tradições esotéricas já explicavam antes mesmo de a ciência começar a engatinhar. Essa nova vertente da ciência, chamada de Noética, comprova a força da fé e do pensamento humano. Talvez um dia a humanidade compreenda que as religiões e a ciência, cada uma delas são caminhos diferentes para serem usadas por pessoas diferentes. Assim como todos os caminhos levam à Roma, todos esses caminhos levam à Verdade. E mais uma vez volto ao Cristo, que ele mesmo disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; aquele que crê em mim, viverá eternamente" Só que ninguém ainda se ligou que devemos sim interpretar, pois esse é o motivo de seus ensinamentos serem através de parábolas: a REFLEXÃO e nesse quesito, os filósofos estão anos-luz à frente dos demais...

domingo, 22 de julho de 2012

Fé & Religião: Opostos ou Complementares?

Depois de um longo período de inatividade, volto às postagens aqui no blog. Sei que alguns amigos, familiares e até mesmo desconhecidos poderão se sentir ofendidos, mas dando continuidade ao último post, vamos lá.
Qual o significado de ter fé?
 
(latim fides, -ei

s. f.
1. Adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro.
2. [Religião]  Sentimento de quem acredita em determinados ideias ou princípios religiosos. = CRENÇA
3. Religião, culto (ex.: fé cristã, fé islâmica).
4. [Religião]  Uma das virtudes teologais.
5. Estado ou atitude de quem acredita ou tem esperança em algo. = CONFIANÇA, ESPERANÇA ≠ CEPTICISMO, INCREDULIDADE
6. Fidelidade.
7. Prova.
8. Testemunho autêntico dado por oficial de justiça

Porém, com o passar dos anos, a palavra fé passou a ser somente utilizado em seu sentido religioso, mas é exatamente pela divisão da fé, que se tem a religião, pois Deus criou todas as coisas e então se somos todos filhos do mesmo pai, herdeiros dessa terra, porque tantas brigas e disputas mesquinhas sobre quem sabe mais, quem está certo e quem está errado? Esse ser superior que criou tudo o que há no Universo deve sofrer a cada "guerra santa" declarada em seu nome entre seus próprios filhos. Uma semelhança entre todos os líderes são usar o poder que tem pra adquirir mais poder ainda, a diferença que os religiosos tem em comparação aos civis e militares é que eles se utilizam da fé e do medo do pós morte para garantir que sua autoridade não seja questionada. Por isso, governos caem, regimes mudam, pois a população quando realmente se cansa dos mandos e desmandos, se volta contra o mau governante. O líder religioso, tem o poder concedido por Deus, ou seja, além do poder humano então sendo inquestionável por aqueles que creem. Na antiguidade, temos um tipo especial de governo que se manteve durante mais tempo do que a existência de toda a sociedade ocidental: o Faraonato. Os faraós eram descendentes diretos dos "deuses" que os habitantes do antigo Egito acreditavam e por isso suas ordens eram inquestionáveis e com isso existiram dinastias com centenas de anos de duração, porém esse é apenas o caso mais conhecido. Babilônios, Fenícios e outros povos antigos se utilizavam da ordem divina de que sua família era a governante geração após geração e que se destituíssem seus descendentes, a região sucumbiria ao caos por terem ido contra a vontade de Deus. Não estou aqui pra criticar religião A, B ou C mas pra alertá-los, que a fé cega é o que causa falsos profetas. Mas espero que se lembrem que o próprio Cristo queria que todos aprendessem a interpretar as vontades do Pai e a refletir sobre isso, pois se não fosse assim, ele não falaria por parábolas e sim diria diretamente.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Crer em Deus ou ser religioso?

A História é escrita pelos vencedores! (George Orwell)
Sendo assim, o que é a verdade? Quais informações recebemos que realmente aconteceram? em que devemos crer? Na única verdade: Em Deus! mas qual? Aí é algo que fica a seu critério, pois não importa o nome pelo qual o chamamos... Alá, Tupã, Javé, Jeová, Ciência, Odin, Zeus, Brahma ou porque não por um nome de Deusa como Gaia, Cibele, Selena, Ishtar, Ceridween, Freya... afinal de contas o termo Deus deveria ser indefinido pois pelo menos, em minha concepção, é a força que governa o Universo, não uma personificação presa aos gêneros humanos de masculino ou feminino.Na bíblia cristã, encontramos diversas denominações para esse ser superior, mas nenhuma delas me agrada tanto quanto a que encontra-se no livro do Êxodo, cap. III, vers. XIV: "Deus disse à Moisés: "Eu sou aquele que sou". E continuou: "Você falará assim aos filhos de Israel: "EU SOU me enviou até vocês."Deus com este ato nos diz claramente que o nome não importa, mas sim o respeito demonstrado à ele. Ao mesmo tempo surge a pergunta: "Eu sou o que?" Tudo, nada, início, fim... Deus é o equilíbrio que mantêm cada coisa em seu lugar por ser o "fiel da balança" tudo que existe existe seu igual e oposto, menos ele que seria o ponto de equilíbrio da existência universal. Este é o famoso verbo que se fez carne e habitou entre nós: o verbo SER, já que ele é aquele que é.Mas espere aí: Nós não fomos feitos à imagem e semelhança de Deus? Não foi o próprio Cristo quem disse aos judeus: "Por acaso não é na lei de vocês que está escrito: "Eu disse: Vocês são Deuses!" Isso se encaixa em outro nome bem curioso descrito no livro sagrado das religiões monoteístas que juntas mais são difundidas, ELOHIM, que em Hebraico significa: Os elevados, ou seja, um nome plural para deus. Seria isto que este nome tenta nos fazer compreendermos? Que Deus seria a união de nossa consciência como um todo? Outro ponto de vista pode ser apresentado baseando-se no "nome coletivo" seria lembrando que são citados 72 nomes para Deus, assim como a cabala também mostra 72 anjos de Deus. Deus então seria uma união de 72 "divindades" formando uma força superior? Ou seria realmente apenas um formado por 72 características ou faces diferentes? Mas as duas afirmações não podem ser duas perspectivas diferentes da mesma verdade? Vamos usar como exemplo um homem que trabalhou durante sua vida em vários empregos. se pegarmos alguém que acompanhou sua trajetória de vida, saberá reconhecê-lo como uma pessoa que desempenhou  essas várias funções, mas se for alguém que o conheceu em seus empregos, o conhecerá como padeiro, jardineiro, eletricista, feirante... Podemos nós então julgar qual o ponto de vista correto? A resposta é não, mas o que fazemos é exatamente o contrário. Ao invés de buscarmos a verdade passamos a tentar impor o que pensamos ser a verdade ao outro. E quantas guerras foram declaradas em "nome de Deus" a outros povos por adorarem a outro ou outros deuses sem ao menos pensar na possibilidade de ser o mesmo Deus apenas com uma denominação diferente ou de serem outras faces do mesmo Deus. Shakespeare disse uma célebre frase que pode ser muito bem empregada nessa questão: "O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem."O que será que importa mais para Deus: o nome pelo qual o chamamos ou o respeito demonstrado a ele e sua criatura?Todos devem estar se perguntando: o que o sub-título que dei ao texto tem a ver com ele? A religião dominante é a que consegue difundir sua própria concepção de Deus, que no ocidente é o cristianismo com suas várias vertentes e sub-divisões. A partir da adoção da religião cristã como a oficial do império que daria origem ao ocidente, o cristianismo absorveu datas comemorativas e festividades pagãs como se fossem suas próprias comemorações para assim conseguir novos adeptos. Sendo assim, modificou sua própria história ocultando, alterando ou criando fatos.O que estou tentando chamar a atenção é que devemos crer em uma, ou em várias dependendo da crença que preferir, força superior mas sem se importar com a denominação dada a ela, mas que além disso devemos respeitar as diferentes denominações utilizadas por outros povos, pois "Aquele que é" existe antes de serem criadas palavras para denominá-lo.Se Deus é formado por várias divindades que formam essa força superior ou um ser que possui diversas faces, é o mistério da fé de cada um, pois "todos os caminhos levam à Roma" e é uma escolha individual, que deve ser respeitada.
                             byBinho Berriel

O problema da "Educação", Parte II

A Falta de Educadores

Sim, estamos com uma grande falta de educadores em nosso país. Mas não, não estou hoje entrando na discussão sobre a falta ou não de professores nas redes públicas e privadas de ensino que obrigam à estes profissionais lecionarem em salas de aula superlotadas e sim me referindo à falta dos verdadeiros educadores: os PAIS. Enquanto as instruções que recebemos na escola nos formam profissionalmente, a educação que recebemos em casa, de nossa família, é o que nos forma como seres humanos, ou seja, nosso caráter.
Analisando a questão por um ponto de vista ideológico e filosófico, a ascensão da máquina capitalista na sociedade ocidental (sim, porque embora existam países orientais com uma extrema vocação capitalista, no oriente ainda se presa a honra e o caráter muito além da visão ocidental) fez com que aos poucos fosse acontecendo uma supervalorização da formação profissional em detrimento da formação humana.
É inadmissível que visemos somente o lucro material destes atos e nos esqueçamos de todo o prejuízo que ela vai causando lentamente à mesma sociedade, pois é esta formação humana que nos faz valorizar o caráter, a honra, a dignidade entre outras qualidades que nos faz respeitar o próximo e suas propriedades.
Logicamente havendo mais respeito à vida alheia, o número de crimes como assaltos, furtos, assassinatos e estupros cairia na mesma proporção, o que geraria o verdadeiro lucro para a grande massa da população mundial, pois cairiam os custos com segurança, saúde tanto do povo quanto do estado, o que poderia diminuir a taxa de impostos e ainda melhorar o bem estar do povo, pois o dinheiro que não precisaria investir na segurança na prevenção de crimes e na saúde para curar os feridos destes mesmos episódios, poderia se investir em infra-estrutura, saneamento e na própria formação de profissionais qualificados.
Mas é este exatamente o grande problema para que isso aconteça. A partir destes acontecimentos, atingiria-se em cheio os lucros das grandes corporações que monopolizam os setores de armamentos, segurança e farmacêutico que lucra com a venda de medicamentos.
A partir do momento que os pais educarem seus filhos, mas não só com palavras ou palmadas como fazem hoje em dia e sim com os exemplos que nossos antepassados nos criavam, mostrando que devemos trabalhar para conseguir o que é nosso, mas não conseguir passando por cima de regras ou conseguindo de meios escusos, é que podemos começar a pensar em reverter esta situação caótica em que nos encontramos hoje, já que a educação utilizamos na população como um todo, enquanto nossa formação apenas em nossos empregos.
Mas onde estão estes educadores? Em seus empregos, subvertendo valores de qualidades e transmitindo à seus filhos enquanto os mesmos são educados por uma mídia que torna-se cúmplice ma máfia do capitalismo consumista que busca tão somente ampliar seu domínio global a qualquer custo.
Antes de acusarmos a polícia e aos políticos de serem corruptos, devemos refletir que para que alguém seja corrompido, alguém tem que corromper e a causa disso é o defasamento das condições morais em favor dos bens materiais determinando assim a ruptura entre a sociedade e o que de fato pode ser chamada de EDUCAÇÃO.

                     By
Binho Berriel

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O problema da "Educação"

Pensemos numa máquina com defeito: Essa máquina é um trem em movimento carregando uma carga valiosíssima com vários ladrões em volta esperando uma brecha para entrar e roubar o trem. o problema é que não dá para consertá-lo em movimento e se não consertá-lo ele consequentemente irá parar em algum momento devido ao defeito, então por que não pará-lo e efetuar os reparos? A resposta é que os maquinistas se revezam no comando do trem e nenhum quer assumir para si a responsabilidade de pará-lo e consertar pois além de ser demorado e provavelmente os reparos só forem concretizados com o maquinista seguinte, sendo assim não receberia "os louros" de ter efetuado os reparos, também nenhum deles quer correr o risco de pará-lo e ser assaltado enquanto o trem estiver sobre sua responsabilidade.

Essa analogia pode ser utilizada falando do governo de um país corrupto que sabe que um dia acabará descarrilhando se não for reparado, mas mesmo quem não é corrupto não quer tentar consertá-lo por isso. A diferença entre um país e essa analogia é que além da carga existem passageiros que somos nós e que poderíamos obrigar o maquinista que estivesse a frente da máquina a parar e efetuar o conserto, então porque não o fazemos? Aí entra o grande problema da educação: a educação que recebemos nas escolas nos ensina a obedecer e não a PENSAR. A partir do momento que começamos a pensar, somos considerados um perigo para a sociedade organizada, então como quem está no comando faz para evitar este problema para ele? Faz com que desde pequenos sigamos apenas o que nos impõe. Assim como para prender um elefante utilizam sua memória contra ele mesmo (basta prendê-lo quando filhote a uma árvore que por mais que ele lute não se soltará e quando ficar adulto se lembrará que não consegue se soltar e nem tenta, mesmo com a força que ele tem sendo mais que suficiente a lembrança de quando era filhote fica gravada a tal ponto em sua memória que ele nem tenta se soltar), usam desde nossa infância as escolas, pois se não cumprimos as exigências de nossos professores, não passamos de série mesmo que saibamos, temos que dar a resposta que o professor quer. Achava que seria diferente a faculdade, mas é exatamente a mesma coisa e nem a tão clamada Filosofia, por criar grandes pensadores desde a antiguidade hoje em dia escapa disso, pois se você pensar diferente do que ensina o professor, você ganha um zero. Isso mesmo que seu raciocínio seja lógico, mas mesmo que não seja, a definição de filósofo não é pensador? No dicionário Larrouse de língua portuguesa encontramos a seguinte definição para filosofia:
do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria» 1. Atividade intelectual que se propõe a refletir sobre os seres, as causas e os valores, considerados em seus valores mais gerais. 2. Conjunto de estudos e reflexões desta atividade. 3.Sistema particular de um Filósofo. 4. Sabedoria proveniente da experiência. 5. Conjunto dos princípios que regem uma conduta.
Assim sendo a partir do momento se utiliza do raciocínio e da reflexão para responder uma questão proposta, ele já deveria receber uma boa avaliação, estando ou não de acordo com seu professor.
Mas antes de sairmos em marcha contra os professores, com paus, foices e pedras querendo matá-los nas fogueiras (embora já tive professores que quis e muito fazer isso) devemos lembrar que também eles receberam essa formação, que são avaliados da mesma maneira e que o material didático que recebem impõe a eles que avaliem da mesma forma. E além do material didático, como em todas as profissões existe um conselho que rege as atitudes de cada um e que dificilmente aceita uma reformulação da tradicional forma de ensino, transformando o professor num simples " mais um tijolo do muro", ou como mostrado no vídeo uma simples marionete controlada por quem está no poder.
Tem duas músicas que me chamaram a atenção em que compositores de diferentes localidades se posicionam contra a educação da maneira que é usada. Em 1979 a banda inglesa Pink Floyd estoura nas rádios com "Another Brick in the Wall" composta pelo baixista Roger Waters que se posiciona contra o modelo de educação utilizada em seu país.
E em 1984 Raul Seixas lança "Metrô linha 743", faixa título de seu 12º disco em que mostra que durante a ditadura o pensamento ainda era  controlado pela força aqui no Brasil. 
 Porém, com a chegada da democracia, as forças políticas dominantes tiveram de modificar o modo de controlar a massa, recorrendo então ao modelo utilizado desde meados do século passado nas grandes potências mundiais, a educação básica, fazendo com que desde jovens a população fosse alienada pela educação fornecida e pelas grandes empresas de mídia, mas isso já é crítica para um próximo post... (se eu permanecer vivo após este, hehehe)