sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O problema da "Educação"

Pensemos numa máquina com defeito: Essa máquina é um trem em movimento carregando uma carga valiosíssima com vários ladrões em volta esperando uma brecha para entrar e roubar o trem. o problema é que não dá para consertá-lo em movimento e se não consertá-lo ele consequentemente irá parar em algum momento devido ao defeito, então por que não pará-lo e efetuar os reparos? A resposta é que os maquinistas se revezam no comando do trem e nenhum quer assumir para si a responsabilidade de pará-lo e consertar pois além de ser demorado e provavelmente os reparos só forem concretizados com o maquinista seguinte, sendo assim não receberia "os louros" de ter efetuado os reparos, também nenhum deles quer correr o risco de pará-lo e ser assaltado enquanto o trem estiver sobre sua responsabilidade.

Essa analogia pode ser utilizada falando do governo de um país corrupto que sabe que um dia acabará descarrilhando se não for reparado, mas mesmo quem não é corrupto não quer tentar consertá-lo por isso. A diferença entre um país e essa analogia é que além da carga existem passageiros que somos nós e que poderíamos obrigar o maquinista que estivesse a frente da máquina a parar e efetuar o conserto, então porque não o fazemos? Aí entra o grande problema da educação: a educação que recebemos nas escolas nos ensina a obedecer e não a PENSAR. A partir do momento que começamos a pensar, somos considerados um perigo para a sociedade organizada, então como quem está no comando faz para evitar este problema para ele? Faz com que desde pequenos sigamos apenas o que nos impõe. Assim como para prender um elefante utilizam sua memória contra ele mesmo (basta prendê-lo quando filhote a uma árvore que por mais que ele lute não se soltará e quando ficar adulto se lembrará que não consegue se soltar e nem tenta, mesmo com a força que ele tem sendo mais que suficiente a lembrança de quando era filhote fica gravada a tal ponto em sua memória que ele nem tenta se soltar), usam desde nossa infância as escolas, pois se não cumprimos as exigências de nossos professores, não passamos de série mesmo que saibamos, temos que dar a resposta que o professor quer. Achava que seria diferente a faculdade, mas é exatamente a mesma coisa e nem a tão clamada Filosofia, por criar grandes pensadores desde a antiguidade hoje em dia escapa disso, pois se você pensar diferente do que ensina o professor, você ganha um zero. Isso mesmo que seu raciocínio seja lógico, mas mesmo que não seja, a definição de filósofo não é pensador? No dicionário Larrouse de língua portuguesa encontramos a seguinte definição para filosofia:
do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria» 1. Atividade intelectual que se propõe a refletir sobre os seres, as causas e os valores, considerados em seus valores mais gerais. 2. Conjunto de estudos e reflexões desta atividade. 3.Sistema particular de um Filósofo. 4. Sabedoria proveniente da experiência. 5. Conjunto dos princípios que regem uma conduta.
Assim sendo a partir do momento se utiliza do raciocínio e da reflexão para responder uma questão proposta, ele já deveria receber uma boa avaliação, estando ou não de acordo com seu professor.
Mas antes de sairmos em marcha contra os professores, com paus, foices e pedras querendo matá-los nas fogueiras (embora já tive professores que quis e muito fazer isso) devemos lembrar que também eles receberam essa formação, que são avaliados da mesma maneira e que o material didático que recebem impõe a eles que avaliem da mesma forma. E além do material didático, como em todas as profissões existe um conselho que rege as atitudes de cada um e que dificilmente aceita uma reformulação da tradicional forma de ensino, transformando o professor num simples " mais um tijolo do muro", ou como mostrado no vídeo uma simples marionete controlada por quem está no poder.
Tem duas músicas que me chamaram a atenção em que compositores de diferentes localidades se posicionam contra a educação da maneira que é usada. Em 1979 a banda inglesa Pink Floyd estoura nas rádios com "Another Brick in the Wall" composta pelo baixista Roger Waters que se posiciona contra o modelo de educação utilizada em seu país.
E em 1984 Raul Seixas lança "Metrô linha 743", faixa título de seu 12º disco em que mostra que durante a ditadura o pensamento ainda era  controlado pela força aqui no Brasil. 
 Porém, com a chegada da democracia, as forças políticas dominantes tiveram de modificar o modo de controlar a massa, recorrendo então ao modelo utilizado desde meados do século passado nas grandes potências mundiais, a educação básica, fazendo com que desde jovens a população fosse alienada pela educação fornecida e pelas grandes empresas de mídia, mas isso já é crítica para um próximo post... (se eu permanecer vivo após este, hehehe)

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